O Sérgio Godinho raivoso, símbolo dos sociais correctos, passa qualquer dia a Sérgio Maguinho, vilipendiado pelos sociais corruptos (sim, com P, que eu sou tradicionalista), e a raiva que lhe cresce, espuma-se em boca desdentada.
Recordo os tempos não muito longínquos de faculdade, onde a teoria das coisas era bela e perfeita, e vivo os tempos da prática humana, onde as coisas são puras e duras.
Se a tecnocracia é idealmente correcta, a sociedade é efectivamente imprevisível e a vida de cada um dos sociais não é meramente um número. É um filho, uma mãe, um emprego ou desemprego, um idoso ou uma morte.
Aquilo que abaixo o nosso compincha Zé fala, acerca do castigo e humilhação de um não cumpridor (e latentemente o mais fraco), não é mais do que a extrapolação governamental interna para o perímetro europeu.
Se a nível interno os nosso governantes aumentam a distância entre ricos e pobres (assim, cruamente falando), porque não também eles sentirem na pele o que os pobres nacionais sofrem? Ora pondo-se a jeito do Merkozy \ Sarkel eles experimentam com o seu palato o travo ácido da impotência e da angústia.
Só que fracos como os pobres são, nem estrebuchar estrebucham.
Estamos governados por invertebrados que são controlados por Gepettos, falta-nos a Fada Madrinha Sebastianista para nos condar de vida e Liberdade.
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