quarta-feira, 20 de julho de 2011

Um vislumbre ao passado

Meu caro e estimado Marco, em primeiro lugar as oficiais boas-vindas. Em segundo lugar uma recomendação, para debelar uma imprecisão do estimado: Quando fala em babyboomers está, a meu ver, a ceder à falácia do "viver acima das nossas possibilidades" que amiúde nos entra pela casa a dentro, como quem diz que os nossos paizinhos, esses estroinas, malbarataram a riqueza nacional. Recomendo-lhe o  visionamento do videozinho abaxio que explica a mecânica da coisa e faz ver, a quem assim o quiser que não se trata de uma luta de gerações, mas antes uma boa e velha luta de classes. É ver:


Sim eu sei, o senhor dos rabiscos catitas fala dos E.U.A, mas no essencial aplica-se, olá se se aplica.

Fiquem na santa paz,

J.A. de VCG e S.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Vislumbres de Futuro


Ano: 2011, Lisboa, Portugal.

Em Cracóvia entendemos pugnar para que não chovesse! Assim seja. Chove, sob a forma de lágrimas, anseios e receios, nos olhos de Gerações que vêem os seus dias passar alucinados pela voragem de uma ordem económica e social que repugnamos.

É verdade que nascemos no P de um dos auto nomeados PIGS. Sigla que baptiza Países que tem em comum a entrada para um espaço que ouvimos chamar UNIÂO EUROPEIA! Mas união de quê exclamamos nós por estes dias?! Uma União de tecnocratas, financeiros, burocratas que com as suas decisões alienam os seus Povos do mais elementar dos bens: viver em Comunidade!Ignorando algo maior!A possibilidade de dotar de felicidade as suas gentes.

Enquanto escrevo estas linhas... a dívida criada pelos nossos queridos babyboomers vai-nos despojando cada vez mais da nossa felicidade.

Não quero entender o que move estes senhores, acho que somos muito mais que o barulho do dinheiro impresso em Frankfurt!

Deixem-nos pelo menos ter a ilusão que podemos ser felizes!

Um bem haja!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Reminiscências de Cracóvia

Esta vai ser a minha estreia a escrever em blogs, com a excepção de pequenos comentários a alguns textos… Brrr… Já estou a ficar nervosa…:)

Sendo uma infoexcluída neste domínio dos blogs, questionei logo: ”Como raio faço o login para esta cena”. Assim sendo, procurei avidamente pela resposta, procurei por quaisquer coordenadas que pudessem existir no e-mail do Francisco Piçarra (Xico, para os amigos), que amavelmente me convidava para aqui.

Bom, na pesquisa do e-mail do Xico com a palavra "Francisco" deram-me milhares de resultados de e-mails (“burra!”- pensei eu - “Tens de restringir a pesquisa um pouco mais”), com a palavra “Piçarra” apenas me apareceu um resultado de uma Newsletter do Centro Jacques-Delors (provavelmente, aludindo ao excelente Professor de Dto. Da União Europeia). Por fim, ainda me lembrei da palavra “Cracóvia” (nome deste blog) e, curiosamente, fui parar a um e-mail muito simbólico para mim, que o julgava perdido. Com esse avivar de reminiscências passadas, não me pareceu razoável corresponder à solicitação do Francisco de "postar" um texto inicial que fosse uma espécie de resposta aos posts anteriores deste blog, até porque nesse hiato de tempo - que decorreu desde o convite inicial e a elaboração do presente texto - mais pessoas aderiram ao blog e mais posts foram redigidos… Portanto, o Xico vai ter que “gramar” com isto mesmo, não fosse eu, às vezes, um pouco (mas só um pouco) caprichosa.

De qualquer forma, para não sair gorada a vontade do Francisco - da existência de algum fio condutor no Blog - gostava de falar da pequena e pitoresca cidade de Cracóvia e da agradável surpresa que foi visitá-la.

A minha passagem por Cracóvia foi feita no âmbito de uma viagem de inter-rail até à Rússia, uma das maiores loucuras saudáveis que fiz até à presente data:), sendo que isto se passou no Verão que sucedeu após a finalização do curso de Direito.

Nessa viagem fui muito bem acompanhada por um fabuloso companheiro de viagem, que me facilitou muito a vida nessa jornada. Embora estivesse na presença da melhor das companhias possíveis para partir para a aventura, com quem tive o privilégio de realizar muitas mais viagens, o meu pensamento - infelizmente ou não - divagava e fixava-se em uma outra pessoa muito marcante na minha vida, que estava em outras aventuras semelhantes e, curiosamente, nesse momento da viagem, a poucos km de mim.

Enfim, devo dizer que a pequena e pitoresca cidade de Cracóvia foi, sem dúvida, uma grande surpresa. Chegados lá de comboio, fomos selvaticamente abordados pelos angariadores de clientela dos hostels, que nos assediaram para que ficássemos alojados nos estabelecimentos que os contratavam. Depois de estarmos (in)devidamente instalados, fomos visitar a cidade, que achei muito simpática, bonita, agradável, verde, cosmopolita, histórica e simples. Parece que os adjectivos elencados se contradizem, entre si, mas quem foi lá creio que deve ter sentido um pouco o que descrevi.

No primeiro dia, tive ainda a oportunidade de conhecer o “Restaurante Nostalgia”, um sítio muito agradável, bonito, simpático e muito barato, onde creio que comi a primeira salada grega e contactei com o fabuloso queijo feta, que tenho sempre no frigorífico:). Bom, espero que esse restaurante ainda exista (agora não me apetece fazer a pesquisa Google, devido à preguicite que me costuma assolar pós período laboral). Lembro-me que nos dias que estivemos em Cracóvia, fomos quase sempre almoçar a esse sítio.

No segundo dia – se a memória não me trai (pareço os velhotes a “falar”) - creio que foi aí que vi pela primeira vez a exposição de fotografias “earth from above”, ao ar livre, de Yann Arthus-Bertrand, que me fascinou bastante, tendo até recebido - mais tarde, pelo aniversário - um livro com essas fotografias, que guardo com mto carinho e que abro paulatinamente de forma aleatória:). Pode ser que algum dia visite algumas dessas paisagens mais inóspitas que se encontram no livro…

Nesse dia, visitei ainda a bela cidade de Cracóvia, os monumentos e algumas das suas igrejas.

O terceiro e último dia, foi reservado para apreciar algo mais avassalador; sentir algo que se assemelha – em parte - àquilo que senti quando visitei os campos de batalha de Verdun, na fronteira entre a Alemanha e a França. Ora, nesse último dia fui visitar o campo de concentração nazi Auschwitz-Birkenau, que fica a uns 70 km de Cracóvia. É, efectivamente, uma visita obrigatória quando passamos por Cracóvia, mas que nos deixa incrédulos com tudo aquilo que vemos e imaginamos que aconteceu no passado: os sapatos, cabelos e dentes amontoados, todos aqueles testemunhos escritos, as câmaras de gás ocultadas pelos nazis, as condições deploráveis em que deviam viver aquelas pessoas. É muito complicado descrever o que se sente ao visitar aquele local onde se praticaram tais atrocidades.

Enfim, a minha visita a Cracóvia foi, essencialmente, uma viagem emocionalmente desafiante e sentida(como a vida deve ser, porque nós não devemos passar por cá, apenas por passar...).

Clara.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

I Acto

Como os dias não se compadecem para brindes de Möet Chandon, não vá o liberal Vítor Gaspar taxar o camarão do restolho com taxa de 25% de IVA!Faço uma primeira incursão para agradecer o mui nobre convite, sim, porque até prova em contrário a liberdade de pensamento e opinião ainda não é alvo de régio imposto!

O tema há muito me corroí o espírito de intrépido eleitor! Cioso de ver o meu voto honrado, assim como quem não quer a coisa, a ter um não sei quê de valor simbólico.Vejam lá que ainda no passado dia 15, quis a minha consciência que percorresse 300 quilómetros para depositar na negra urna um papel bem branquinho!Com Cruz! Atenção que eu gosto de dar uso à caneta!

Aventa-se tal composição para fazer um Nobre reparo. Sim porque eu fui daqueles cidadãos que quis crer que Fernando Nobre traria para a arena política o que sempre colocou no terreno enquanto líder da AMI. O Homem que uma fez até me fez verter uma lágrima com um discurso junto de infantes...Infames lágrimas essas... cedo me levou toda a crença na independência e espírito livre que pregava.

Entrou bem, mediou menos bem... acabou vergonhosamente!!!

Para ter independentes assim... mais vale, sei lá!!! Quiçá formar um Movimento.

Mais não digo.

Darei Durão na próxima!

Abraços

domingo, 10 de julho de 2011

O Zé Da Europa

cFolgo em saber que temos finalmente entre nós nova e mais bem pensante companhia. Que nunca as mãos vos doam e vos seja profícuo o escrever.

Seguindo adiante, pois que, como soe dizer-se nos campos transtaganos, para trás mija a burra, chegou-me aos ouvidos que vai ai por casa uma grande indignação. Que parece que uns gringos da finança avaliaram a pátria e da pátria disseram que não valia o papel onde lhe escreviam a avaliação. Não sei se a indignação é genuína ou se será contágio à restante populaça da aversão às avaliações por parte dos senhores professores, o que sei ao certo é que vai por ai um grande sururu.

É bom de ver a injustiça de tal afronta: Se é o pais o mais frondoso exemplo de pia austeridade. Se, debalde, enviamos nosso Martim Moniz de corda ao pescoço até Bruxelas, mais para mais em classe turística. Se fazemos tudo isto e estes manipuladores, estes agiotas, estes amorais, atrevem-se a mandar-nos a baixo! É com certeza causa para indignação, seja de professores, de doutores, de engenheiros ou de trolhas.

Existe esperança todavia, digo eu do fundo da caverna onde me recolho longe do tumulto geral. Somos um país de gente grande, temos inclusive um compadre a mandar na Europa. Com tanto pontapé no posterior que esta brava nação ultimamente tem levado, o bom Zé da Europa certamente será o rochedo da nossa segurança. Num assomo memorável de patriotismo começará por fim a portar-se como um líder europeu e guiará a união dos povos europeus  no interesse de todos e, com esse inusitado gesto, salvará Portugal.

Valha-nos Travassos.

Saudações Violinistas

J.A. de VCG e S.

sábado, 9 de julho de 2011

Estreia

Os dois cavalheiros residentes dirigiram-me um convite para escrever neste Blogue, o qual mui agradeço.

A estratégia de criar uma quota feminina aqui, lembra-me a história de um dirigente partidário agora no recente governo de coligação. Dizem que desde que ele se tornou dirigente desse partido, a instituição passou por uma grande mudança e começaram a ser cada vez mais as mulheres nos corredores da sede. Dizem as más línguas inclusive que uma agora Ministra impôs hora de término nas reuniões tardias do partido para que pudesse jantar e deitar os seus filhos. (Ainda dizem que nós, mulheres, não mandamos).

Ora das duas uma: ou estes cavalheiros pretendem regras e medidas nesta casa, ou estão a tentar cumprir as quotas de igualdade de géneros não vá a Maria Luísa Pacheco fechar o staminé!
Retornado pelas ondas etéras da interrede global, utilizando nacionalismos que é como deve ser, parece que a resposta a todas as suas questões ficará aquém do esperado, porque não sendo eu um tudólogo (excelente conceptualização), vou apenas ser um opinólogo despreocupado.

Que as vacas estão magras já nós vimos antes de os governantes governar. Se demos o alarme ao líderes? Com efeito. Se eles fizeram orelhas moucas aos de dentro e pequenos e preferiram ouvir quem acha que a Espanha continua a ser a Hispânia dos Romanos, pois a culpa não será nossa.
Agora andam a desbravar velhos caminhos por ora atolados em verborreia demagógica, que como se sabe, não se limpa com Supergel nem mezinhas da avó Jacinta. E andam a desbravar caminho às custas não do Duques, Bentos e Carreiras, senão na carreira abençoada dos pagadores de impostos aos duques auto-impostos. (Aparte: impostos e impostores têm a mesma raíz etimologica.... esquisito).
Agora, depois de largas Luas de aviso daqueles que do trabalho são escravos vem a revolta a medo deles.
Parece que o efeito de estufa que estofava os impostores está agora a estufá-los.
Vozes de burro não chegam aos céus, mas se bem me recordo, em 1142, em 1385, em 1640, em 1910 e em 1974 as vozes que não chegaram aos céus foram as dos impostores.
Diz-me o eloquente J.A. de VCG e S. o que idealizou. Eu digo o que eu idealizei: 75% de brancura e listagens a estrear.
Como em tudo na vida, a primeira vez é sempre especial.
Concursamos a mais uma revolução e colocamos os ursos onde eles pertencem: à rua!



Não era ele que não tinha dúvidas?